PERDA DA AUTONOMIA NOS AGROECOSSISTEMAS CAMPESINOS
Resumo
O presente trabalho constou de um estudo comparativo envolvendo quatro estabelecimentos rurais campesinos do município de São Francisco - SE. Teve como objetivo identificar a realidade dos camponeses quanto à adoção de tecnologias da revolução verde, analisando os agroecossistemas nos elementos estruturais e de manejo. Para o levantamento de dados, foram realizadas entrevistas, visitas aos lotes e reuniões visando a esclarecer a proposta, definir a problemática da pesquisa e socializar os resultados. A análise foi referenciada na modelização dos agroecossistemas, aos quais foram delimitados os níveis de dependência dos sistemas de produção. Com base nos indicadores supracitados, foram delimitados os seguintes agroecossistemas: diversificado e autônomo; diversificado e semidependente; simplificado semidependente; e simplificado dependente. Inúmeros diagnósticos demonstram que a agricultura de base ecológica é capaz de oferecer respostas consistentes a um conjunto de desafios ambientais, econômicos e sociais. Deslumbram-se oportunidades únicas para reverter o atual processo histórico de desenvolvimento (in) sustentável da agricultura. Conclui-se que as famílias que buscam reduzir as necessidades de insumos externos têm mais perspectiva na agricultura e na sua saúde e não têm endividamento bancário. Sua biodiversidade é ampliada visando a atender a alimentação da família e os mercados locais diversificados, nas feiras da região e vendas diretas ao consumidor.