CORDIAL, MAS NEM TANTO!
A banalização do discurso de ódio no brasil
Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar a formação dos discursos de ódio durante as eleições de 2018, compreendendo os contextos que antecederam e sucederam este momento. Para tanto, partimos da refutação de que o Brasil seria um país amistoso e cordial (no sentido de receptividade e não no atribuído por Sérgio Buarque de Holanda (2004), afirmando, por outro lado, o seu caráter conflitivo e segregador. Como metodologia de investigação, tomaremos a análise do discurso aos moldes de Michael Foucault (2005; 2012). Diante disso, adotamos os discursos como uma narrativa que constrói realidades e, com isso, que constroem realidades a partir de relações de poder e ideologias.