DIAGNÓSTICO DOS LIMITES E POTENCIALIDADES NA PRODUÇÃO DE SEMENTES CRIOULAS
Palavras-chave:
biossegurança, coexistência, Zea mays, sementes crioulas, campesinatoResumo
O projeto objetivou dialogar com os agricultores, produtores de milho crioulo para cuscuz, o manejo agroecológico e os potenciais das sementes crioulas no contexto atual de predomínio dos cultivos transgênicos no estado de Sergipe, em especial nas grandes extensões de terra. Os agricultores familiares que cultivam o milho visando
às demandas do próprio estabelecimento e ao mercado local de milho crioulo estão tendo suas lavouras contaminadas por transporte de pólen, considerando o fato dos assentados rurais e demais pequenos agricultores estarem rodeados por grandes produtores rurais, que realizam monoculturas. As formas de prevenção das contaminações por OGM buscando conferir qualidade nos sistemas de produção agroecológica e confiabilidade do produto gerado pela Associação da Associação dos Camponeses e Camponesas do Estado de Sergipe se mostraram insuficientes. Esta problemática tem comprometido a reprodução da estratégia camponesa de autonomia, baseada no uso de recursos internos ao sistema de produção. Ao selecionar e armazenar as próprias sementes o camponês reduz os custos de produção e mais facilmente atinge os objetivos desejados. Foi objetivo do projeto a realização de
intercâmbios visando demonstrar os efeitos da adubação verdeedos biofertilizantes, visando incentivar produção de sementes crioulas e de milho para processamento de cuscuz livre de transgenia.Tais ações são resultados da parceria com foco para os produtores de milho crioulo, mobilizados pela Associação. No caso da confiabilidade foram realizados dois intercâmbios visando gerar medidas preventivas e fazendo a verificação do êxito obtido com a realização dos testes não-OGM (Organismo Geneticamente Modificado), no Laboratório de Sementes Crioulas do IFS -Campus São Cristóvão.