SOBREVIVÊNCIA E REPRODUÇÃO DE MINHOCAS EM VERMICOMPOSTO PRODUZIDO COM LODO DE ESGOTO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DO SANTA MARIA (ARACAJU/SE)

Resumo

O lodo de esgoto é um resíduo gerado durante os processos de tratamento das águas residuárias nas Estações de Tratamento de Esgotos (ETE). Uma das alternativas viáveis para o tratamento do lodo, a fim de desinfestar e reduzir os metais pesados no produto final, é a vermicompostagem. A importância de se tratar adequadamente um resíduo, potencialmente contaminante para os corpos d’água receptores e, transformá-lo em composto orgânico com possibilidades de uso na agricultura, mostra o quão vantajoso e viável pode ser esse tipo de tratamento. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho é analisar a sobrevivência e reprodução de minhocas da espécie Eisenia fetida em vermicomposto produzido com lodo de esgoto da Estação de Tratamento de Aracaju/ SE. Foram utilizados no experimento, lodo de esgoto, resíduos vegetais (bagaço de canade-açúcar e de coco) e minhocas (E. fetida). Foram montados três tratamentos com diferentes proporções de lodo + húmus + bagaço de canade-açúcar/coco, para a vermicompostagem de acordo com os índices ideais de Carbono total e Nitrogênio total (relação C/N). Quinzenalmente era aferido o peso das minhocas, a fim de verificar em qual tratamento estas tiveram melhor desenvolvimento. Do total de 8 semanas de duração do experimento, observou-se uma tendência em aumentar a biomassa das minhocas nos 15 dias iniciais. Os T2 e T3 apresentaram maiores desenvolvimentos das minhocas, fato que pode ter relação com a quantidade de matéria orgânica disponível suplementada pelo lodo de esgoto nesses tratamentos. Conforme decorrer do tempo esses valores diminuíram, relacionados com a depleção de nutrientes nos substratos.