EDITORIAL

Marcelo Alves Barros; Laerte Fonseca;Paulo Rogério Miranda Correia.

Resumo

Atualmente, pesquisas em Educação tem cada vez mais enfatizado o emprego das novas metodologias de aprendizagem, cuja ênfase têm-se centrado no papel ativo dos aprendizes e deslocado a função do professor de mero transmissor do conhecimento para um facilitador da aprendizagem dos alunos. Esta problemática também assume relevância nas áreas de Educação Matemática e Ensino de Física na qual temos visto um aumento crescente de publicações tanto em âmbito nacional como internacional.
A partir desta perspectiva, é com grande satisfação que aceitamos o convite do Prof. Dr. Laerte Silva da Fonseca em ser o editor convidado deste número especial da revista CEMeR, com a temática: “Metodologias Ativas no Ensino de Física e Matemática”. Nesta edição buscamos contemplar trabalhos de pesquisas que favoreçam o diálogo, sempre profícuo, entre Educação Matemática e Ensino de Física, de forma a apresentar ao leitor o que tem sido produzido recentemente no Brasil nestes dois campos do conhecimento a respeito do emprego destas metodologias no contexto da educação escolar.
O desafio colocado na estruturação desta edição tornou-se ainda mais relevante diante do atual quadro da pandemia de Covid-19 da qual estamos vivenciando atualmente, exigindo de cada um de nós uma profunda reformulação de nossas práticas de ensino, de modo a nos adaptarmos a este novo normal que se apresenta em nosso horizonte.
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copyright©2021caminhos da educação matemática em revista (online)/IFS | v. 11, n. 4, ISSN 2358 - 4750
Nesta edição especial selecionamos um total de 14 artigos que abordam o tema do uso das metodologias ativas de aprendizagem nos mais variados enfoques.
No primeiro artigo: Peer Instruction em aulas remotas no ensino de física no período da pandemia da covid-19, os autores investigam como a metodologia ativa denominada Peer Instruction contribuiu com o processo de ensino e aprendizagem de conceitos físicos em aulas remotas com alunos da 3a série do Ensino Médio de uma escola pública sobre associação de resistores.
No segundo artigo: Metodologias ativas e autonomia: uma revisão das pesquisas brasileiras em educação, os autores propõem realizar uma investigação em 15 teses e dissertações brasileiras publicadas entre 2015 e 2019, a fim de verificar que aspectos têm sido privilegiados nestas pesquisas que envolvem as metodologias ativas e a autonomia.
No terceiro artigo: Método de caso: uma proposta no ensino de física para a engenharia, os autores investigam a contribuição do método de estudo de caso para o ensino de eletrostática numa disciplina de Física III de um curso de engenharia eletrônica de uma universidade pública.
No quarto artigo: Quatro elementos de interação em quatro níveis de aprendizagem: uma nova proposta didático-metodológica para o ensino de ciências, os autores apresentam uma proposta didático-metodológica que foi aplicada numa turma da 3ª série do Ensino Médio de uma escola pública para o estudo dos conceitos de campo e força magnética.
No quinto artigo: Reflexões de um PEP para a formação interdisciplinar: integração das contribuições africanas, ferramentas WEB e QSC na praxeologia dos professores, os autores analisam o
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desenvolvimento de um Percurso de Estudo e Pesquisa (PEP) interdisciplinar em um curso de formação continuada de professores da Educação Básica.
No sexto artigo: M-learning no ensino híbrido de matemática: uma pesquisa-ação com aplicativos móveis no IFB de São Sebastião, os autores discutem os efeitos da inserção da modalidade m-learning no ensino híbrido de matemática numa turma da 3a série do Ensino Médio de uma turma de um curso profissionalizante em secretariado e administração de um Instituto Federal de Educação.
No sétimo artigo: Uma sequência didática para abordar o sistema internacional de unidades, os autores abordam as unidades do SI, tendo como base o tema poluição luminosa e o descarte de plástico, em uma turma da 3a série do Ensino Médio de uma escola pública.
No oitavo artigo: Implementação de uma metodologia ativa para o ensino da dualidade onda partícula no Ensino Médio, os autores apresentam uma discussão sobre a implementação de uma metodologia ativa de aprendizagem, o Peer Instruction, como estratégia instrucional em sala de aula para promover a aprendizagem do conceito de onda partícula no Ensino Médio
No nono artigo: A utilização da robótica educacional como instrumento de avaliação na aprendizagem dos conteúdos de Física, os autores avaliam quais são as possíveis contribuições que a utilização da robótica educacional promove no processo de avaliação de aprendizagem nos conteúdos de Física nos anos finais do Ensino Fundamental.
No décimo artigo: Canhão de batatas: integração com a aprendizagem baseada em projetos no ensino de Física, a autora procurou
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mapear os papéis desempenhados por um docente de Física de um Instituto Federal de Educação.
No décimo primeiro artigo: Mapeamento e análise das metodologias ativas no ciclo básico (Física e Matemática) e profissionalizante dos cursos de engenharia em periódicos da Scopus, os autores realizaram um mapeamento e análise das publicações com maior fator de impacto (JCR) nos últimos 5 anos, disponíveis na plataforma digital da Scopus referentes ao tema.
No décimo segundo artigo: Aprendizagem baseada em jogos e serious games – uma multiplicidade de fenômenos educacionais no verbo jogar, os autores apresentam uma discussão sobre a utilização de metodologias ativas a partir da aprendizagem baseada me jogos e seu caráter educacional, analisando as ambiguidades presentes no discurso social em relação a sua definição e classificação.
No décimo terceiro artigo: ISLE – Investigative Science Learning Environment: uma possível abordagem metodológica ativa para o ensino de Física, os autores apresentam esta metodologia ativa de aprendizagem pouco conhecida da comunidade de ensino de Ciências no Brasil, discutindo seus fundamentos, conceitos e procedimentos.
Finalmente, no décimo quarto artigo: Metodologias ativas na Educação Matemática: contribuições do Geogebra e PBL na aprendizagem de geometria espacial, os autores analisam as contribuições da integração de tecnologia digital no ensino de geometria espacial, com uso do aplicativo Geogebra 3D e aportes de mobile learning e Problem Based Learning (PBL) entre alunos da 3a série do Ensino Médio de uma escola técnica.
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Esperamos com esta edição poder contribuir para os avanços das pesquisas sobre metodologias ativas de aprendizagem na Educação Matemática e no Ensino de Física, de modo a ampliar o diálogo entre professores e pesquisadores.
Boa leitura a todos!